LIMPEZA EM VALAS DE DRENAGEM E TRATAMENTO DE RESÍDUOS

                                            Actvista Santos voluntário 12/03/2022










Activistas voluntário da Associação para Bem estar da Comunidade´´ABC´´ e a VIDEC trabalhar juntos durante a semana 12/03/2022






                                              Activista Aftine voluntário 12/03/2022




Troca de experencia Associação Face e VIDEC 12/03/2022


A intervenção do homem no ambiente continua a alterar as características físicas, químicas e biológicas que o compõem, o que tem criado sérios problemas ambientais e riscos à saúde do ser humano. Uma das soluções para resolver estes problemas reside na aproximação ao máximo possível, do ambiente natural original, e no desenvolvimento de medidas de escoamento dos resíduos das cidades, com sistemas de coleta de resíduos sólidos, tratamento de água, drenagem de água e sistemas de rede de esgoto sanitário. O saneamento básico pode facilmente evitar o desenvolvimento de diversas doenças que têm um grande índice em Angola, como a cólera, a febre amarela e a febre tifóide.

A contaminação da água por microorganismos, muitas vezes devido à falta de tratamento de esgoto, gera problemas indesejados a saúde pública, causando maior incidência de doenças, aumentando o índice de mortalidade infantil e custos hospitalares, bem como reduz a expectativa média de vida. Deste modo, os serviços de saneamento básico têm papel fundamental no controle da transmissão de diversos agentes patogénicos.

Angola ainda enfrenta um problema histórico em termos de distribuição e acesso aos serviços básicos de saneamento e a falta de acesso à estes serviços causa impacto negativo à saúde pública, principalmente nas comunidades de baixa renda. Os índices de saneamento actuais são baixíssimos, de acordo com o censo populacional de 2012, na questão do esgotamento sanitário, somente 8% dos esgotos são recolhidos pela rede pública e não existem dados sobre o tratamento dos 8% que são recolhidos. Quase 60% dos resíduos sólidos ainda são depositados ao ar livre, e também não existem dados sobre drenagem urbana.

Devido a pandemia da COVID-19, a Organização Mundial da Saúde e o Ministério da Saúde recomendam lavar as mãos com água e sabão constantemente, porém, esta medida choca com o facto de que algumas comunidades das cidades de Beira têm falhas constantes no abastecimento de água. Com relação ao perigo dos resíduos sólidos, os sistemas de recolha são ineficientes e não se consegue controlar os catadores de material reciclável que frequentemente espalham os resíduos nos passeios e estradas.

Em Moçambique, os métodos de tratamento dos resíduos também causam problemas ligados a saúde devido a inexistência de sistemas de tratamento de resíduos adequado subprodutos da incineração são dispostos de forma irregular e também são vectores de doenças. O tratamento de resíduos hospitalares é feito por meio de incineração e é da responsabilidade dos hospitais, mas por ser um tratamento caro algumas unidades hospitalares não fazem o tratamento adequado, e as que fazem destinam as cinzas de forma incorrecta, servindo assim como vector de doenças.

Cientistas dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), da Universidade da Califórnia, de Los Angeles e de Princeton, avaliaram a resistência do coronavírus em cinco materiais diferentes, e mostram que o novo coronavírus fica “mais estável” em plástico e aço inoxidável, que são materiais bastante utilizados no dia-a-dia da população e compõe uma grande parcela dos resíduos sólidos urbanos no país.

Neste momento de combate ao COVID-19, é de extrema importância combinar medidas de prevenção com a manutenção e operacionalização do sistema de saneamento, pois com o sistema de saneamento inoperante, aumenta a probabilidade do alastramento da doença e também a dificuldade de sucesso nas medidas combativas, porque investir em saneamento é economizar com gastos em saúde pública. Sem contar que este é o melhor momento para obras públicas, porque estamos todos em casa.

O projecto financiado por friends of Mozambique, Munhava agredece.


0 Comentários